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domingo, 7 de novembro de 2010

Brasil e Argentina: as correntes de povoamento

CORRENTES DE POVOAMENTO DO BRASIL
Quando os portugueses se encontravam no Brasil, tinham como principal objetivo explorar os recursos naturais existentes no interior do país. Com base nessa afirmação, fica claro o desprovimento de interesse em povoar o novo território. Isso favoreceu o não surgimento de centros urbanos (cidades) de relevância, com exceção de algumas vilas e cidades de pequeno porte que emergiram na costa nordeste do Brasil, além de toda produção agropecuária que formou ao redor.

No século XVI o principal produto brasileiro era o açúcar, fato que favorecia a ocupação somente da faixa litorânea do país, uma vez que o escoamento da produção se dava por meio do oceano Atlântico. Com o cultivo da cana-de-açúcar, fez-se necessária a expansão das fronteiras agrícolas. Diante do fato, as policulturas foram cultivadas em áreas mais interioranas para dar lugar à produção monocultora.

Cem anos depois, entre os séculos XVII e XIII, houve o período denominado de aurífero, no qual as caravanas se voltaram para o interior do Brasil em busca de pedras preciosas como ouro e diamante, por exemplo. Nesse momento, foram desbravados territórios que correspondem hoje aos estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais. As cidades que surgiam por causa da extração mineral promoviam certa aglomeração, no entanto, logo após os minérios se esgotarem, as mesmas ficavam praticamente desertas.

Um século depois, após iniciativas do governo para ocupar a área e impedir que a mesma fosse invadida por um dos países vizinhos, a região Sul foi povoada por imigrantes. No século XIX, o produto de grande expressão para o país deixou de ser a cana-de-açúcar e passou a ser o café, fato que proporcionou o povoamento do estado de São Paulo e o norte do Paraná. Com o declínio do café, o capital gerado pelo produto migrou para a produção industrial, especialmente na região sudeste. A partir daí, houve um elevado desenvolvimento das ferrovias. Mais tarde, com a instalação da indústria automobilística, ocorreu a construção de rodovias, favorecendo ainda mais o povoamento do país.

Esses foram os principais momentos da urbanização brasileira, apesar de que os fatos históricos apresentados foram sintetizados com o objetivo de dinamizar o estudo geo-histórico do Brasil.

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CORRENTES DE POVOAMENTO DA ARGENTINA
O território que hoje constitui a República Argentina foi descoberto, explorado e colonizado pela coroa espanhola, mas nem todas suas regiões foram colonizadas por homens que chegaram diretamente da Espanha. Como nosso solo estava num extremo do território sobre o qual avançava a conquista, grande parte dos colonizadores vieram de outros povoamentos.

Desde o século XVI até 1810 se desenvolveram sobre o território argentino três ondas imigratórias:

• Onda Imigratória do leste: vinha diretamente da Espanha, chegou através do Rio da Prata e do Paraná. Foi encarregada da fundação de cidades como Buenos Aires, Assunção do Paraguai, Santa Fe, Corrientes e Paraná.

• Onda Imigratória do Norte: descia do Peru e atravessava a Quebrada de Humahuaca, dando origem às cidades de: Santiago do Estero, San Miguel de Tucumán, Córdoba, Salta, San Fernando do Valle de Catamarca, La Rioja e San Salvador de Jujuy. Caracterizou–se por um desenvolvimento urbano e cultural com povoamento e crescimento econômico.

• Onda Imigratória do Oeste: Sua chegada a partir do Chile deu início ao nascimento de cidades como Mendoza, San Juan e San Luis.
Em 1700 havia no Vice–Reino do Rio da Prata uns 2.500 europeus. No princípio de 1810 eram apenas uns 6.000, de um total de população de 700.000 habitantes no atual território nacional. Diferentemente do processo de conquista desenvolvido pelos britânicos nos Estados Unidos, baseado no estabelecimento de colônias agrícolas, os espanhóis tiveram tendência à colonização urbana e deixaram territórios sem ocupar como Chaco, Patagônia e a Pampa, o que incidiu no desenvolvimento demográfico de forma determinante.

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